quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Fragilidade

Há tempos em que acordar e saber que se tem de iniciar mais um dia de luta para alcançar o sonho já dói. A luz do dia , que em outro momento seria saudada com alegria, machuca os olhos. Mas, se ao invés de luz  tivesse chuva, escuridão, também doeria. A alma é que dói. Noite mal dormida, pesadelos intensos, corpo dolorido, abandono . Marcas que a vida imprime pelo cotidiano. Olhos vermelhos e inchados, corpo sem resistência, moleza nos movimentos, sensação de desamparo, vontade de desistir. Mas, ai surge lá ao longe, a imagem do sonho a perseguir o corpo machucado. Ela faz cócegas no desejo. Força atiçada pela vontade de conquistar. A caminhada reinicia, ainda resta força para continuar.

Um comentário:

  1. Olha que texto bonito. A autora que expõe a dor do cotidiano, que já havia aparecido em outro texto. O sonho, o futuro, aparece como a força que move, que dá ânimo para continuar.
    Mas eu fico pensando numa frase:"A vida acontece agora, antes já passou e depois é só mais uma promessa."
    Será que não está na hora de parar de viver do futuro, das promessas, e ser feliz no presente?

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