sábado, 16 de julho de 2011

Frio!

O frio é um belo exemplo para metaforizar aquilo tudo que dá prazer e pode causar danos. Coisas que amamos , desejamos , mas que podem  fazer mal.  O prazer que vem do desejo causa danos à estabilidade característica da consciência, neste momento entramos no território do gozo.
Amo o frio, desejo a chegada do inverno, mas meu corpo se manifesta contra ele. Não sou resistente o suficiente para enfrentar o frio e não adoecer. O que fazer diante desse impasse?
Suportar o frio, aproveitar suas nuances, o vinho, a lareira, o fogo, o aconchego do lar e dos amigos?
 Mas, com tudo isso o corpo pode  padecer, adoecer!
Fortificar as resistências do corpo e continuar desfrutando os prazeres do frio?
Parece que gosto das duas alternativas... não quero abrir mão de nada...
Ainda mais sendo inverno, meu espírito clama por curtir o frio  em plenitude. Quero ser um ente mutante, que não sente os efeitos nocivos do frio, apenas desfruta da sensação cortante  do vento nas faces, que ficam avermelhadas de alegria e felicidade pelos açoites gelados do frio de inverno.

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