Uma flor amassada por sobre a mesa da sala de estar. O perfume, misturado com o cheiro da pele da mão que esmagou a flor, preenchia o ar. Olhos avermelhados, raiados de sangue. Sinais de choro... Já era primavera, e a alegria da estação ainda não habitava a casa. Tudo em desalinho, um corpo entorpecido caia de um sofá. Sentimentos esmigalhados espalhavam-se no tapete. Solidão, abandono, gosto de amargura. Este foi o cenário que se apresentou na chegada em sua casa, naquela tarde azulada. Motivo de tristeza? Talvez parecesse, mas serviu para uma gargalhada metálica que lotou o ambiente de som.
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